terça-feira, 5 de julho de 2011

As vezes isso sou Eu

Eu sou uma inconstante que se parte em vários pedaços pra melhor se expressar.

Eu falo o que eu não entendo.
Eu grito o que for preciso.
Eu canto, mesmo sem saber.
Escrevo, só por sentir.
E mostro com meus próprios olhos o que os outros não enxergam.

Eu sou uma forma de vida, que vai além da vida que eu conheço,
Na verdade eu nem me conheço.
Mas quero que me conheçam,
Sem que saibam meu nome.

Como incógnita,
Não preciso de título, mas sim de conteúdo.
Só do que eu preciso.

Vivo procurando resposta que não respondem minhas perguntas
Pra alimentar o monstro curioso em mim.

E as vezes eu sou eu mesmo.
É como disse Bob Dylan:
"All I can do is be me, whatever that is"

terça-feira, 7 de junho de 2011

Sobre Dor e Cocaína

Eu fazia 17
Ela impulsionou meu coração
E direcionou meus olhos
Pra todo e qual quer movimento seu.

Atraída pelo cheiro da dor
Me apareceu sem paradeiro ou alto custo
Um rosto lindo, uma pele branca
Como se nevasse em mim todo seu desejo.

Um bom perfume, Uma boa ação
Um escarro em minha boca, Uma traição

Como se beijasse uma alma suicida
Sedenta de companhia
Temia pelo sangue que corria em meu corpo
Pedia que ele não me deixasse

Após provar de sua traição
Ela pediu que eu ficasse
Sorri e Aprendi lhe dar as costas
Por parte minha também a traí

Foi um erro te-la tocado
Mas era certo, não passaríamos dali
Ela ria e dizia: "Nós vamos nos matar!"
Eu a abandonei

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Doce Rosa Morta

As suas pétalas caem sobre meu rosto
Eu reluto a perceber
Mas sei que você morre
Aos poucos sobre mim.

Não fujo dos teus espinhos
Que me cravam as vezes
Afim de me tocar com seu veneno
                                            em vão.

Mas eu precisava,
Mesmo que por segundos
Ser completamente envenenado
Como antes já fui.

Tenho as palavras certas guardadas
Todas, dentro de mim
Para te florir, doce Rosa
Mas eu as não escuto mais.

Eu não te escuto mais.
Eu só escuto a voz que diz:
"Mate outras flores!"
"Mate as puras almas sem defesa!"

Bebo do meu sangue
Matando quem me ofereceu paz
Com um simples prazer inútil
De possuir a Rosa que não me pertence.

Meu desejo simplesmente se perde
Eu perdi a hora de dizer aquelas palavras
Espero que venham dizer à mim.
Novamente em vão.

domingo, 17 de abril de 2011

Asas e gargalhadas

Quando se foi
Guardei minhas gargalhadas
Guardei as minhas asas
Guardei o meu amor, nunca voltou.

Não espero de ti uma mentira
Uma presença, ou um cigarro
Nada vindo de teus braços
Não te espero.

Mas te quero
Perfeitamente minha num passado
Completamente Inexistente num agora
Como se não te conhecesse
E só tivesse acordado, assustado
De uma lembrança que eu prefiro não lembrar.

Já uso minhas asas e gargalhadas
Porém o amor que guardei morreu.
Espero de outros braços
Um amor que será meu.

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Você a flor e eu, o jardim.

Ainda não entendo como tão exato te exalo em mim
Esperando que viva sob meus olhos e cresça sobre a minha paz
Que seja sua, a minha voz
E que não acabe em nós
A ideia de ser infinitamente um só

E como se te cuidasse não te deixaria partir
E mesmo que partisse,
Se partiria, e deixaria um pedaço de ti aqui, comigo, pra sempre.

E se não soubesse aonde ir, te guiaria através do sonho
Mas seria tão mais fácil se só tivesse que te guiar de volta
Ja que é onde um pedaço de ti ficou
E pra onde sempre soube como voltar

Não viveria fora de mim nem por um segundo
Nem que se acabasse o mundo
Nem que se eu me acabasse

Não me abstenho de ti
E ainda não entendi
Como tão exato te exalo em mim
Como se você fosse a flor, e eu o Jardim.